Suponho que todos os meus leitores já tenham conhecido pessoas e até feito amizades via internets -- isso se não chegou até aqui através de uma. É sobre isso que irei falar.
Ao longo desses anos usando as interwebs, é inevitável o uso de comunicadores instantâneos. Nos meus anos de ouro na internet (leia-se 2001, 2002) eu usava o (então popular) ICQ e cheguei a conhecer pessoas -- no final mantive conversas com apenas uma menina, que nem lembro de onde era, só lembro que o nome era Carolina e que era fã doente de blink-182.
Fato irrelevante: a primeira pessoa que me adicionou naquilo era uma gringa tarada. Ainda bem que não me traumatizei com aquilo.
Como todo o resto do povão, deixei de usar o ICQ e passei a utilizar o MSN em 2005. No mesmo ano fiz amizade com uma "menina" (usei aspas por ela ter mais de 20 anos, heh), em alguns meses nos tornamos bons amigos. Confiávamos um no outro. E é sobre isso que andei pensando nos últimos tempos: a internet acaba acelerando a formação de amizades, ao mesmo tempo que acaba criando um vínculo de confiança por vezes até maior do que o encontrado com velhos amigos cuja amizade foi construída pelo contato pessoal ao longo do tempo.
No caso de amizades "virtuais" (eu odeio esse termo) acaba sendo uma confiança que apesar de grande, é incompleta. Você talvez contaria um segredo pra uma pessoa, mas talvez não contaria para um velho amigo, ao mesmo tempo que você confiaria seus pertences a ele, mas não para o que conhece pela internet.
E tudo em função de sua rede de amizades. Um amigo via internet, por conta da distância, é, provavelmente, uma "ligação" morta, sem contato algum com ninguém do seu círculo social local, o que gera uma pseudoconfiança maior.
Eu já fiz isso. Você provavelmente já fez isso. Muita gente também já fez. That's life.
Esse texto era pra ter sido publicado há uns 6 meses, mas não o fiz, e nem sei por quê.
Um viva aos amigos da internet!
ResponderExcluir\o/
That's life. (y)
ResponderExcluirapoiado!
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