13 de jun. de 2012

Dia dos namorados e poesia ruim

Fiz um poeminha de dia dos namorados para minha amada. Em inglês porque queria o desafio de rimar em outra língua.

I am very bad at poetry,
So bad in the past it made me cry.
I know nothing about metrics,
But for you I should give it a try.
And here I am writing,
And this is the deal,
I should be confessing,
That my love for you is very real.
May it last 10 years,
Or may it last forever,
All I know is that I love you;
Today, more than ever.

Acho engraçado como eu nunca tive um dia dos namorados de verdade. O primeiro, foi longe, o segundo, praticamente não existiu por motivos de vírus e este foi bem deixado de lado - sem presentes, além de exemplos de dedicação para com a outra parte através de atributos ou habilidades peculiares. O que, apesar da relativa mornice, não foi nem um pouco ruim, diga-se.

1 de jun. de 2012

Demo-ditadura

Não tem nada a ver com o demo dos católicos/protestantes/cristãos/religiosos-relacionados, mas sim com o demos dos gregos.
Muito embora a grande maioria da população declare não gostar da ditadura e de governantes sustentados por falsas democracias e falsas maiorias de votos, o povo ainda ama de paixão ter poder sobre a escolha alheia - quiçá, pensamentos alheios, até. Aliás, escolha, não, afinal ela sequer existe em alguns casos.
Questiono aqui: qual o mal em permitir homossexuais casarem? É a forma mais simples de fazer eles pararem de fazer sexo! É errado? O que diz que é errado? Seu livro de mil anos atrás? Ou, ainda, dizer que faltaria a figura de uma mãe ou de um pai caso adotem uma criança (isso já pressupondo a adoção)? Qual a diferença, então, entre isto e uma mãe ou pai solteiro? Ou seria melhor mesmo ter mais uma criança te aporrinhando a vida no cruzamento batendo no seu vidro do carro pedindo uns centavos porque passa fome por ser órfã ou ter sido simplesmente abandonada? Sem falar que é mais provável que um casal de gays/lésbicas tenha mais condição financeira de dar uma vida melhor a uma criança que uma mãe criando um filho sozinha. Permita as bibas e sapatas que se casem e tenham famílias! Todos têm direito de serem felizes, mesmo que você discorde.
E falando em mãe criando filho sozinha, sério que preferem uma criança a mais no mundo passando fome (isso se não parar nos índices de mortalidade infantil) só porque "é uma vida"? Ou ainda, obrigar o nascimento de uma criança que nascerá sem cérebro e sem vida (ou quase)? Felizmente o STF, neste último caso, foi mais sensato que o cérebro médio brasileiro.
Pra mim, isso é egoísmo. Pura e simples "ditadura" de um povo que não sabe ter mente aberta e pensar numa realidade que não é a sua. E a religião sem dúvida alguma é o maior dos empecilhos nessas questões. O que um chefe de família, religioso, tem em comum com a vida de um homossexual que vive com outro? Tirando o fato de que ambos sofrem pagando impostos, nada, talvez. Não vivem a mesma realidade. O que ele tem em comum com uma mãe que não tem o que dar de comer ao filho? Aí ele vai e diz que não era pra ter feito o filho, claro, mas nem sempre as coisas são simples assim.
Reconheço que eu mesmo não vivo as realidades citadas acima, mas ao menos não impeço ninguém de fazer escolhas, sejam questionáveis ou não, concorde eu ou não - sou a favor da absoluta liberdade de pensamento: acho que as pessoas têm o direito de pensarem, amarem e odiarem o que quiserem, contanto que isso não resulte em prejuízo de outra pessoa. Acho que é um direito de um cidadão não gostar de gays, negros ou muçulmanos, por exemplo, mas não concordo com esse cidadão tirar a liberdade do outro cidadão de ser o que é ou de o agredir de qualquer forma. Por mim, liberdade sempre, mas bom senso também.

Este texto ficou mais longo do que o planejado, mas me sinto feliz por ser uma das poucas vezes em que falei algo sério e expressei uma opinião neste meu querido blog.